sábado, 30 de janeiro de 2010

Site reforça a Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens

Site reforça a Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens



Tatiana Félix *

Adital - No início deste mês foi lançado o site da Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens - www.juventudeemmarcha.org. O site é o principal meio de comunicação da Campanha, trazendo notícias, materiais e pesquisas sobre a violência, segurança e juventude no Brasil.
O site deve servir para auxiliar o trabalho de pesquisadores interessados no tema, já que disponibiliza textos, filmes e outros subsídios. Segundo Felipe da Silva, Coordenador Nacional da Campanha, a página na internet traz instruções para grupos de base que queiram se organizar e aderir à campanha.
"Já recebemos um bom número de acessos e muitos e-mails", informou.
Além disso, diversas parcerias têm sido feitas, graças ao site. "Muitas entidades estão disponibilizando nosso link em suas páginas, assim, estamos criando uma rede, além de fortalecer nosso trabalho", declarou. A Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio da Juventude começou a ser planejada em abril do ano passado, durante um evento das Pastorais da Juventude. Em novembro foi feito o lançamento oficial em Minas Gerais, durante o Encontro Nacional de Fé e Política.
O objetivo da campanha é levar para a sociedade o debate sobre a violência contra a juventude brasileira, que tem crescido no país, e promover ações que possam mudar essa realidade. Os membros da campanha fazem divulgação sobre a iniciativa através de sites e redes de relacionamento sociais na internet, tão utilizados pela juventude.
De acordo com Felipe, em 2010 devem acontecer os seminários estaduais sobre a Campanha Nacional contra a Violência e o extermínio de Jovens, em todo o país. Ele acredita que assim poderão divulgar ainda mais a página na internet, que traz materiais informativos e também mobilizar e conscientizar a sociedade para o problema que afeta os jovens brasileiros.
Violência contra a juventude
De acordo com dados apresentados pelo site da Campanha, o Brasil ocupa o 3° lugar no ranking mundial em assassinato de jovens, perdendo apenas para a Colômbia e Venezuela. Os jovens latino-americanos, com idade entre 15 e 24 anos, são as maiores vítimas de assassinatos.
Segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006, de cada dez jovens assassinados no Brasil, entre 15 e 18 anos, sete são negros.
Um estudo divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Presidência da República, estima que 33.504 adolescentes brasileiros serão assassinados em um período de sete anos, que vai de 2006 a 2013.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PSOL e mandato Ecos da Cidade, solidários ao povo do Serviluz,

PSOL e mandato Ecos da Cidade, solidários ao povo do Serviluz,


protestam contra a instalação do estaleiro no Titanzinho

A praia do Titanzinho tem uma importância social e cultural para a população de Fortaleza, em especial para a comunidade do bairro Serviluz. Conhecida por ser o principal pólo formador de grandes surfistas, renomados internacionalmente, como Tita Tavares, Fábio Silva e João Fera, possui uma experiência de organização social voltada ao lazer, à educação e ao comércio local. Uma organização comunitária na contramão da exclusão, numa capital pautada pelas desigualdades.

O Plano Diretor de Fortaleza prevê para a área a criação de uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIs), destinada prioritariamente a recuperação urbanística e a regularização fundiária, não comportando, portanto, empreendimentos de grande porte como o estaleiro, tão defendido pelo Governo do Estado, em nome de um desenvolvimento que consideramos predatório e que atende a interesses do grande capital.

Inconseqüente em suas declarações, o governador Cid Gomes afirma que o empreendimento não traz impactos ambientais e sociais, pontos que caminham na contramão dos estudos técnicos feitos por ambientalistas sobre o local. Já a Prefeitura Municipal de Fortaleza tem se posicionado contra a construção do empreendimento na praia do Titanzinho.

Mudar o Plano Diretor de Fortaleza (PDPFor) para favorecer a instalação do estaleiro, como pretendem o Governador, o presidente da Câmara e vereadores é imprudente e contraria as conquistas alcançadas com a construção do PDPFor (Lei Complementar nº 62/2009), além de ferir o Estatuto da Cidade.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o mandato Ecos da Cidade – vereador João Alfredo apóiam as lutas de resistência e manifestam sua posição contrária a instalação do estaleiro no Titanzinho e a favor da população local, por considerar que os impactos sócio-ambientais, em conseqüência da instalação do empreendimento, afetarão os laços comunitários e as práticas esportivas e culturais. A comunidade reivindica - e nós apoiamos - melhorias sociais, educacionais, culturais e ambientais que respeitem os direitos já conquistados e que sejam fundadas em um modelo de desenvolvimento que seja socialmente justo e ambientalmente responsável.

Comunicação
Vereador João Alfredo -

Mais informações:

(85) 34448361 - Gabinete

(85) 99646614 - Emanuel Furtado

(85) 87934091 - Helena Martins

Lei Maria da Penha no campo clássico rei Fortaleza e Ceará.

“O guia prático sobre a Lei Maria da Penha, com orientações destinadas aos homens, será divulgado neste domingo (31/01), durante o primeiro clássico-rei do ano, no Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão. Antes do início da partida entre os dois maiores clubes do Estado, pelo Campeonato Cearense de Futebol, será exibida a faixa “Violência contra a Mulher é crime”.


Além disso, os jogadores de Ceará e Fortaleza entrarão em campo vestindo a camisa que divulga o guia, que tem como slogan “Homens – Este é o verdadeiro gol de placa: Não Violência à Mulher”. Depois da mobilização, as camisas serão arremessadas para as torcidas.

A ação é fruto da parceria entre o Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e da Federação Cearense de Futebol (FCF), firmada pela juíza Fátima Maria Rosa Mendonça, e pelo presidente da FCF, Mauro Carmélio, na semana passada. Ficou decidido que o guia prático será divulgado durante os jogos da 1ª e 2ª divisões do Campeonato Cearense de Futebol.

O guia, elaborado pela juíza Rosa Mendonça, com a colaboração da psicopedagoga Raieliza Camelo Maia Lôbo e da advogada Aline Monteiro de Freitas Menezes, foi lançado no último dia 14 de janeiro. O texto utilizado tem jargões do futebol para facilitar a compreensão dos termos jurídicos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006).

Segundo a juíza Rosa Mendonça, idealizadora do projeto, o objetivo é divulgar e prevenir a violência contra a mulher, através da conscientização e da abordagem aos homens.”

(Site do TJ-CE)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Veja Bem!

Eis o panfleto do Centro de Atividades de Estudo Político - CAEP- distribuido nos bairros na Granja Portugal, Granja Lisboa e Conjunto Ceará.



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A FARDA NÃO ENSINA

A FARDA NÃO ENSINA

“A FARDA NÃO ENSINA, QUEREMOS ESTUDAR”. Essa era uma bandeira de luta do movimento estudantil Juventude Vermelha, no final da década de 90, em Fortaleza. Veio-me a boa recordação do tempo bom que não volta mais, depois de um artigo publicado no O Povo, no dia 22 de dezembro, do professor da UVA de Sobral, Vicente Martins.

O professor conservador defende o uso obrigatório da farda nas escolas públicas e tenta justificar apresentando três motivos sem fundamentos, pois vejamos:

Ele defende que a farda oferece segurança ao aluno dentro e fora da escola e ajuda a população ou a guarda municipal denunciar ao conselho tutelar no caso “gazeadores de aula”. Ora, que ridículo, quando eu estudava no Liceu do Conjunto Ceará, em 1998- 2000 a diretora tinha o mesmo argumento, no entanto, presenciei um colega fardado sendo espancado e roubado perto da escola. Em caso de acidente no caminho de casa a escola, o aluno deve portar um documento de identificação. De propósito, a farda tem telefone de contato e números de RG ou CPF?  Bem, se a farda é antiviolência, então, só vou andar agora na rua de farda. Mas, espera aí, porque então que os professores não usa farda? Já sei. Estão impunes da violência. 

Enquanto aos conselheiros tutelares e a população, devem denunciar a falta de boa infraestrutura nas escolas e a pedagogia do terror. O acesso a escola não pode ser condicionada ao uso de farda. Afinal, investir na educação com esporte, lazer, garantir a liberdade de estilo e uso de adereços nas escolas é melhor do que papo furado, mesmo porque a causa da violência é o capitalismo e não a falta de farda.  Defendo que o aluno usa a farda se quiser, já que o uniforme não ensina só uniformiza a criança e a juventude desrespeitando as diferenças de estilos culturais.